O Tribunal do Júri da Comarca de Macaíba condenou seis dos sete réus acusados de envolvimento em um triplo homicídio ocorrido na madrugada de julho de 2017, na comunidade de Umari, zona rural de Ielmo Marinho, no Rio Grande do Norte. As vítimas eram três jovens, com idades entre 15 e 21 anos, que foram assassinados dentro de suas casas. O julgamento foi conduzido pelo juiz Diego Dantas, da 3ª Vara de Macaíba. nm2
Os réus receberam penas que variam de 36 a 103 anos de prisão, por homicídios qualificados e participação em organização criminosa armada. Um dos acusados foi absolvido da acusação de integrar milícia e teve sua pena desclassificada para favorecimento pessoal, sendo o caso encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
Segundo o Ministério Público, os crimes foram cometidos por um grupo armado que operava como milícia sob o falso pretexto de prestar segurança à comunidade, mas na prática exercia poder paralelo e praticava execuções sumárias. Durante a investigação, três dos acusados firmaram acordos de colaboração premiada, delatando outros integrantes do grupo e contribuindo para o desfecho do caso.
A sentença reconheceu que os homicídios foram cometidos com extrema crueldade, por motivo torpe e sem chance de defesa para as vítimas. Todos os condenados iniciarão o cumprimento da pena em regime fechado, com execução imediata.
Durante o julgamento, o Ministério Público enfatizou a periculosidade do grupo, considerado o mais letal do estado. A milícia é alvo de mais de 110 inquéritos policiais por crimes semelhantes em várias regiões, com destaque para a cidade de Ceará-Mirim.
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