As chuvas de abril são fundamentais para os agricultores que praticam a agricultura de sequeiro, especialmente nas regiões semiáridas como o interior do Rio Grande do Norte, onde está localizado o município de Mossoró. O equilíbrio é delicado: chuvas de menos comprometem a produção; chuvas demais também. Este ano, a irregularidade pluviométrica já preocupa produtores locais, que se mobilizam para garantir o o ao programa Garantia-Safra 2025. 5o3w2a
Apesar do bom volume de chuvas registrado no trimestre anterior — 198 mm acima da média histórica —, o mês de abril apresentou um desempenho abaixo do esperado. A informação é do professor de Ciências Naturais e representante da meteorologia da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seadru), Alciomar Lopes, que acompanha os índices em 125 comunidades rurais de Mossoró.
Segundo Alciomar, o atual período chuvoso tem sido marcado por grande variação. Ele explica que um bloqueio atmosférico vem dificultando a formação de nuvens de chuva, resultando em precipitações leves e isoladas no município.
Diante do cenário preocupante, a Prefeitura de Mossoró, por meio da Seadru, intensificou as vistorias em propriedades da zona rural para verificar o plantio e as condições das lavouras de milho, feijão, arroz e algodão — culturas típicas da agricultura de sequeiro.
O objetivo das visitas é comprovar que o plantio foi realizado e avaliar possíveis perdas provocadas pela estiagem. Aproximadamente 5 mil famílias estão inseridas no programa Garantia-Safra. Caso as perdas sejam comprovadas, cada agricultor poderá receber R$ 1.200 do benefício federal, recurso destinado à subsistência das famílias afetadas.
“O que estamos observando nas visitas são sinais claros do impacto da falta de chuva. Verificamos se o plantio aconteceu, o estágio de desenvolvimento das lavouras e se houve perdas significativas”, explicou Edimar Teixeira, engenheiro-agrônomo da Seadru.
Com a estiagem impactando grande parte do semiárido nordestino, a ação da Prefeitura é considerada essencial para proteger a segurança alimentar de milhares de agricultores familiares da região.
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